By arizox 
Este artigo é baseado no Planeswalker’s Guide, publicado originalmente em inglês pela Wizards of the Coast. Nele, exploramos o plano de Tarkir e seus clãs, oferecendo uma visão geral de sua cultura e identidade antes do lançamento da nova coleção Tarkir Dragonstorm.
Tarkir é um plano repleto de energia dracônica natural, onde dragões nascem de tempestades ferozes. Com o tempo, os habitantes de Tarkir se adaptaram à vida sob essa ameaça constante. Durante muitos séculos, vivenciaram um ciclo de equilibro na luta pelo poder entre os dragões e os clãs.
A Khanfall foi o evento que marcou a queda dos clãs e a ascensão definitiva dos dragões soberanos (dragonlords) em Tarkir.
A vitória esmagadora dos dragões sobre os clãs só foi possível graças à interferência do Planeswalker Sarkhan Vol que viajou 1.200 anos no passado e salvou o Planeswalker Ugin, o Dragão Espírito, que estava prestes a ser morto por Nicol Bolas.
Embora gravemente ferido, Ugin sobreviveu e entrou em hibernação em Tarkir. Durante sua recuperação, sua essência dracônica se fundiu com a alma do plano, intensificando as dragonstorms. Como resultado, os dragões passaram a surgir em números avassaladores, tornando impossível para os clãs resistirem à sua força crescente.
Sob o comando dos dragões soberanos, os exércitos dracônicos caçaram e eliminaram os líderes dos clãs, esmagando qualquer resistência.
Com o despertar de Ugin e sua partida de Tarkir (cinco anos atrás), as dragonstorms enfraqueceram, reduzindo o domínio dos dragões soberanos. A invasão da Nova Phyrexia agravou ainda mais suas perdas, permitindo que rebeliões humanoides ressurgissem sob os antigos nomes dos clãs.
Buscando um futuro sem guerra, Narset descobriu o Ritual do Stormnexus. Convencida pelos líderes da rebelião de que essa era a única chance de unificar o plano, realizou o feitiço e desencadeou uma dragonstorm inesperada, libertando cinco espíritos dracônicos de puro poder. Narset foi a primeira a agir, domando um dos espíritos e moldando sua forma. Um a um, os demais líderes da rebelião seguiram seu exemplo, fundindo-se aos espíritos e tornando-se os novos líderes de Tarkir.
Enquanto o ritual era realizado, os dragões soberanos e suas ninhadas tentaram impedir os rebeldes, desencadeando uma grande batalha contra os recém-formados dragões espirituais. A tempestade rugia ao redor deles, e, no fim, os dragões soberanos foram derrotados, desaparecendo na tempestade.
Sem a tirania dos dragões soberanos, os clãs se reformaram, preservando tradições do passado, mas evoluindo para algo novo e distinto. Apesar dos acordos diplomáticos que sustentam uma paz frágil, conflitos ideológicos frequentemente escalam para guerras entre clãs. Com as dragonstorms cada vez mais intensas, Tarkir permanece um plano hostil, onde batalhas por território e recursos são inevitáveis.
As dragonstorms moldaram a história, o povo e a paisagem de Tarkir. Essas tempestades colossais dão origem aos dragões, que emergem delas já como adultos completamente formados. Quando os líderes da rebelião realizaram o Ritual do Stormnexus, eles alteraram o delicado equilíbrio da mana dracônica mantido por Ugin. Isso gerou variações imprevisíveis, dando origem a novas espécies de dragões selvagens, fora das cinco linhagens conhecidas. Além disso, as tempestades se tornaram mais intensas e frequentes, ameaçando toda a vida no plano.
A origem de uma dragonstorm não tem uma causa aparente. Alguns clãs desenvolveram formas de prever sua chegada, mas elas não seguem padrões climáticos ou eventos específicos. Inicialmente, se assemelham a tempestades comuns, com céus escurecidos e eletricidade no ar. Em seguida, um núcleo de energia dracônica se forma, dando início à tempestade e ao surgimento dos dragões. O ambiente influencia a aparência da dragonstorm—sobre lagos, podem se manifestar como gigantescos redemoinhos de água; nas selvas, como ciclones devastadores.
Independentemente da forma, todas são extremamente perigosas. Ser pego em uma delas pode significar a morte, seja pelas criaturas selvagens recém-nascidas ou pelo próprio clima caótico.
A natureza de cada dragonstorm influencia a forma dos dragões que surgem dela. Por exemplo, tempestades gélidas tendem a gerar dragões adaptados ao frio. Embora a maioria dos dragões seja imensa, seu tamanho pode variar de criaturas colossais a pequenas como um gato doméstico. Todos falam um idioma próprio, e, embora alguns compreendam a língua comum, raramente a utilizam.
Desde que o Ritual do Stormnexus desestabilizou a mana das dragonstorms, surgiram duas principais categorias de dragões: os dragões dos clãs e os dragões selvagens.
Os dragões dos clãs incluem sobreviventes que seguiam os antigos senhores dragões e novos dragões que mantêm características de suas linhagens ancestrais. O mais importante é que reconhecem a autoridade dos dragões espirituais e escolheram viver ao lado dos clãs humanoides. Para muitos, essa vida oferece liberdade, estabilidade e proteção. Outros permanecem entre os clãs por lealdade ou costume.
Já os dragões selvagens não seguem ninguém. A maioria vive de forma independente como predadores supremos de seus territórios, embora alguns formem pequenos bandos. Nenhum dragão selvagem é igual a outro, e suas armas de sopro são diversas, indo além das conhecidas entre os dragões dos clãs—alguns expelem espinhos afiados, enquanto outros geram névoas místicas.
Os Abzan são um clã que valoriza profundamente a lealdade e a família, enxergando a preservação de sua cultura e legado como uma responsabilidade sagrada. Suas decisões priorizam o bem-estar e o status de suas casas, resultando em uma sociedade hierárquica onde alianças e rivalidades internas moldam sua estrutura política e seu destino coletivo.
A frase “Fazer o que for necessário” se encaixa perfeitamente na mentalidade dos Abzan. Ela representa bem sua filosofia de resiliência, pragmatismo e compromisso com a sobrevivência do clã a qualquer custo.
Os Jeskai são um clã de monges devotos ao Caminho, uma filosofia que busca a unidade de pensamento e compreensão compartilhada. Disciplina, compaixão e estratégia moldam seu modo de vida, refletido em suas práticas rigorosas de meditação, artes marciais e estudo.
Mantêm uma sociedade estruturada, onde monges e aldeões vivem em um ciclo de apoio mútuo. Seus mosteiros são centros de conhecimento, onde se ensinam filosofia, magia e técnicas de combate que harmonizam mente e corpo. Enquanto os monges aprimoram suas habilidades para proteger seu povo e expandir seu entendimento, agricultores, artesãos e comerciantes sustentam as aldeias com trabalho e sabedoria prática.
Seus dragões não são apenas aliados em batalha, mas também guardiões dos ensinamentos Jeskai. Juntos, consolidam o ideal máximo do clã: “Agir como um só”.
Os Sultai são um clã de Tarkir que prospera na selva, transformando desafios em oportunidades. Mestres da necromancia, reutilizam os mortos como líderes e servos, garantindo que conhecimento e experiência nunca se percam. Com uma elite furtiva de guerreiros e estrategistas, combinam espionagem e manipulação para manter sua posição entre os demais. Suas práticas agrícolas avançadas tornam seus recursos valiosos, permitindo-lhes negociar e influenciar outras facções com sutileza e eficácia.
A necromancia, antes temida, agora é vista como uma honra, permitindo que os mais valorosos continuem servindo à sociedade. Suas crenças giram em torno do Abiding Harvest, um ciclo onde a vida nutre a terra e possibilita novas colheitas, equilibrando vivos e mortos.
A frase “Nada se desperdiça” resume perfeitamente a filosofia Sultai, presente no aproveitamento total de recursos, na necromancia e em suas táticas de espionagem e dominação.
Os Mardu são um clã nômade de guerreiros que dominam as vastas planícies centrais de Tarkir, conhecidos por sua mobilidade, táticas ágeis e ferreiros excepcionais. Eles possuem uma cultura militarizada onde a distinção entre vida civil e combate é tênue, com cada membro contribuindo para o bem-estar coletivo. Além de sua força marcial, os Mardu mantêm uma relação simbiótica com seus animais, usando-os tanto para transporte quanto para guerra. Sua magia gira em torno da manipulação de raios e do fortalecimento de armas e corpos, sendo essencial para sua identidade e estilo de luta.
A frase “Atreva-se a acompanhar.” pode ser interpretada como um desafio direto: os Mardu se movem rápido, atacam sem hesitação e vivem o presente sem medo das consequências. Aqueles que não conseguem acompanhar seu ritmo são deixados para trás ou pisoteados no campo de batalha. Esse lema também reflete a mecânica do clã, que favorece criaturas rápidas, ataques constantes e a incapacidade de permanecer na defensiva por muito tempo.
Em resumo, é um convite e um aviso: ou você acompanha os Mardu, ou será superado por sua fúria implacável.
Os Temur são um povo semi-nômade das montanhas do norte, vivendo em harmonia com a natureza. Especialistas em caça, coleta e pastoreio, têm uma forte conexão com os espíritos da terra, guiados pelos sussurradores, que interpretam sinais do futuro.
A frase “A terra nos guiará” reflete essa ligação espiritual e cultural. Dependentes da terra para sobrevivência, os Temur confiam nos sussurradores para decifrar seus sinais e conduzir o clã segundo a Canção Infinita, a energia que conecta todos os seres vivos ao longo do tempo.
Além da espiritualidade, a frase simboliza o isolamento e a resistência Temur contra ameaças externas. Enquanto outros clãs buscam domínio, eles priorizam a harmonia com a natureza e a preservação de seus recursos para as futuras gerações.
Tarkir: Dragonstorm marca o aguardado retorno ao plano de Tarkir, nos apresentando uma nova era de poderosos dragões e resilientes clãs humanoides.
O lançamento oficial acontece em 11 de abril de 2025, e você poderá acompanhar todas as novidades, histórias e revelações da coleção por aqui. Fique ligado!
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