Para entender quando se passa a história de Darksiders II, precisamos relembrar o início do primeiro jogo, quando Guerra é julgado por ter causado o Apocalipse na Terra, condenando a humanidade à extinção. O Conselho das Chamas lhe concede uma segunda chance e, ao retornar à Terra, Guerra descobre que cem anos se passaram desde sua captura.
É justamente nesse período, enquanto Guerra enfrenta seu julgamento, que se desenrola a história de Darksiders II. Aqui acompanhamos Morte, o mais velho dos Quatro Cavaleiros, em uma jornada para restaurar a humanidade e redimir o nome de seu irmão.
A gameplay se inicia com Morte em um reino gelado, em busca dos conselhos do Pai dos Corvos, um antigo ancião e guardião de segredos esquecidos. Porém, ao encontrá-lo, percebe que o velho está sofrendo com algo sombrio que o atormenta.
No passado, após a destruição dos Nefilins pelos Quatro Cavaleiros, Morte selou as almas das vítimas em um amuleto e o confiou ao Pai dos Corvos para mantê-lo a salvo. No entanto, o fardo de carregar tantas almas por tanto tempo acabou cobrando seu preço.
Durante o reencontro, o Pai dos Corvos revela que a Árvore da Vida guarda as respostas que Morte procura, mas afirma que só o levará até ela se o Cavaleiro aceitar de volta o amuleto contendo as almas dos Nefilins. Morte recusa o acordo, e o ancião se transforma em uma cópia de Guerra para enfrentá-lo em combate.
A batalha termina com Morte atravessando o ancião com sua foice, mas antes de morrer, o Pai dos Corvos surpreende o Cavaleiro e crava as almas dos Nefilins em seu peito, fazendo Morte cair desacordado.
Quando Morte desperta, descobre que foi enviado para as Terras da Forja, lar dos Construtores — ancestrais responsáveis por moldar os mundos. Lá, é encontrado pelo ancião Eideard, que revela que a Corrupção tomou conta daquela terra, ameaçando destruir a Árvore da Vida e tudo ao seu redor.
Mesmo sabendo que isso não era problema seu, Morte se vê obrigado a lutar contra a corrupção para seguir seu caminho e restaurar a humanidade.
Ao lado dos Criadores, ele enfrenta monstros corrompidos, restaura as fornalhas ancestrais e desperta o Guardião — um colosso construído para combater a Corrupção.
Porém, o Guardião também estava corrompido e, após uma grande batalha, Morte o derrota e testemunha Eideard sacrificar sua própria alma para purificar a criatura e reerguê-la. Livre da Corrupção, o Guardião destroi o obstáculo que bloqueava o caminho até a Árvore da Vida, abrindo passagem para que Morte continue sua jornada.
Ao se aproximar da Árvore da Vida, Morte é surpreendido por uma massa negra viscosa que o agarra e o arrasta para um espaço tomado pela Corrupção. Lá uma criatura misteriosa pergunta o que ele busca. Quando responde que deseja trazer a humanidade de volta, a criatura afirma que os humanos não merecem a ressurreição.
Morte insiste que seu objetivo é salvar Guerra da ira do Conselho das Chamas, mas o ser o confronta sobre o massacre dos Nefilins, questionando por que ele escolheria poupar apenas um. O Cavaleiro defende que seus irmãos representavam uma ameaça ao Equilíbrio, mas é acusado de traição: segundo a criatura, tudo teria sido diferente se os Nefilins tivessem conquistado o Éden.
Morte percebe que conhece aquele ser. Era Absalom, o primeiro dos Nefilins, aquele que ele próprio derrotara em batalha no passado. No entanto, Absalom havia renunciado ao seu nome e agora se apresentava apenas como Corrupção, uma entidade que se espalhava por toda a criação e prometia consumir tudo, inclusive o próprio Morte.
Após o diálogo com Absalom, Morte desperta no Reino dos Mortos. Lá, Ostegodo revela que a Árvore da Vida não pode conceder o que ele busca, apenas lhe mostrar o caminho. O que Morte realmente precisa é encontrar o Poço das Almas, onde as almas dos mortos são canalizadas para renascer nos mundos dos vivos. Para isso, o mercador o orienta a procurar o Senhor dos Ossos, o único que poderá guiá-lo até o Poço.
Morte encontra o Senhor dos Ossos, também conhecido como Rei dos Mortos, em seu trono. O rei afirma não ter motivo algum para ajudá-lo, mas aceita um acordo: Morte deverá capturar três dos senhores mortos que estão negligenciando suas obrigações.
Após cumprir a missão, Morte retorna ao trono e traz os três senhores diante do Rei dos Mortos, que destrói seus antigos súditos como punição por sua traição. Fiel ao combinado, o rei revela o caminho até a Cidade dos Mortos, onde está localizado o Poço das Almas.
Ao chegar à entrada do Poço das Almas, Morte se depara com a Sentinela da Aflição — uma criatura monstruosa formada pelas almas de toda a humanidade.
Após derrotá-la, Morte encontra a alma do Pai dos Corvos, que explica que, embora ele tenha libertado as almas humanas, elas foram devolvidas a um Poço corrompido e quebrado.
Segundo o ancião, para acessar verdadeiramente o Poço e restaurá-lo, Morte precisará de duas chaves: uma guardada pelos anjos, e outra em posse dos demônios.
Em Lostlight, após enfrentar e derrotar inimigos corrompidos, Morte purifica a torre e conquista a confiança dos anjos, recebendo a primeira chave.
Com metade da missão cumprida, Morte parte para Shadow’s Edge, o domínio sombrio dos demônios. Lá, ele encontra Lilith, conhecida como Rainha dos demonios e autoproclamada criadora dos Nefilins.
Lilith acusa Morte de traição por ter exterminado sua própria raça e afirma que, no fundo, ele carrega o peso desse arrependimento. Antes de ajudá-lo, Lilith pede que, ao alcançar o Poço das Almas, Morte siga seu coração e escolha trazer os Nefilins de volta à vida em vez da humanidade.
Por fim, Lilith aprimora os poderes de Morte, permitindo que o Cavaleiro Viaje no tempo e encontre Samael.
Morte encontra Samael e tenta negociar pela chave, mas o demônio o despreza, chamando-o de uma cópia imperfeita de Absalom. Sem alternativa, Morte o enfrenta em um duelo que termina empatado. Impressionado com a determinação do Cavaleiro, Samael decide entregar a chave, ansioso para ver o desfecho da disputa entre Morte e Absalom.
Em posse das chaves, Morte finalmente chega no Poço das Almas, onde se depara novamente com Absalom, agora totalmente consumido pela Corrupção.
Em um duelo épico entre irmãos, Morte derrota Absalom e elimina a Corrupção de uma vez por todas.
Diante do Poço, Morte encara uma escolha definitiva: restaurar os Nefilins ou a humanidade. Ele sabe que salvar um condenará o outro.
Sem hesitar, ele aceita seu destino, mergulha no Poço e liberta as almas dos humanos, trazendo-os de volta à vida — mesmo que isso custe sua própria.
Com esse ato de redenção, Morte cumpre sua promessa, salvando tanto a humanidade quanto a honra de seu irmão Guerra.
O final de Darksiders II se conecta diretamente ao desfecho do primeiro jogo. Guerra derrota Abaddon e quebra o último selo, convocando os outros Cavaleiros. De acordo com a Profecia, a quantidade de cavaleiros sempre deve ser quatro. Morte — que havia sacrificado sua própria vida para restaurar a humanidade — é trazido de volta, renascendo para cumprir seu papel no apocalipse que se aproxima.
Enquanto isso, em uma cena pós crédito, Lilith é confrontada por seu mestre misterioso. Ele está furioso, pois esperava um exército de Nefilins, mas recebeu apenas a restauração da humanidade. Lilith aceita sua punição, mas o mestre avisa: desta vez, ela não irá gostar do castigo.
Darksiders II conquistou muitos fãs graças à sua jogabilidade envolvente e à simpatia do Cavaleiro Morte. No entanto, a história do segundo jogo não alcança a mesma grandiosidade do primeiro Darksiders, que é repleta de conspirações e revelações impactantes. Darksiders II funciona muito bem como uma aventura paralela, que expande o universo, mas não avança diretamente a narrativa principal iniciada no primeiro jogo.
Às vezes, penso que o jogo é longo demais para a história que conta. Nesse caso, não teria sido melhor se tivesse saído como uma DLC do primeiro jogo? Por outro lado, essa decisão certamente deixaria muitos fãs do Cavaleiro Morte decepcionados, por terem menos horas de gameplay com o personagem.
Joguei Darksiders II no início deste ano (2025), logo após finalizar God of War (2018), e fiquei imaginando como essa história poderia ser contada de maneira mais clara e dinâmica se o jogo fosse recriado utilizando as tecnologias atuais. Enfim, não sei se cabe um remake neste momento, mas, com um novo jogo da franquia finalmente em desenvolvimento depois de tanto tempo, espero ver algo realmente cativante.
Por hoje é só pessoal, espero que tenham gostado do artigo e não deixem de interagir na seção de comentários. Em breve eu volto trazendo mais conteúdo sobre a Franquia 😉
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